24.7.14

Sagrados sábados

Esta coisa da senhora procuradora que professa o adventismo do sétimo dia e que não pode trabalhar aos sábados faz-me muita confusão.

É bem verdade que as pessoas devem ter toda a liberdade religiosa do mundo – que isto não é o Sudão – mas discordo completamente da decisão do Constitucional. Parece-me que assim há uma total subversão do que devia acontecer. Assim, o culto religioso – que é uma opção pessoal – sobrepõe-se às obrigações de um funcionário enquanto tal. Faz-me muita confusão.

Quando os senhores juízes dizem “O Estado não assegura a liberdade de religião se, apesar de reconhecer aos cidadãos o direito de terem uma religião, os puser em condições que os impeçam de a praticar” parecem-me exagerar nos direitos que alguém tem só porque professa uma religião. Se alguém não quer trabalhar aos sábados – seja porque razão for – então que opte por um emprego que não os faça trabalhar aos sábados.

Agora era giro todos os católicos apostólicos romanos negarem-se a trabalhar aos domingos, os muçulamos a não trabalharem no ramadão. Então e os ateus e agnósticos?!

Eu quando assinei o meu contrato sabia que podia ter que vir trabalhar à noite. Embora adore dormir e não funcione bem à noite.

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