18.1.14

O referendo

Hoje as minhas palavras são ditas por este senhor, neste artigo aqui.

Se tirarmos a idolatria à Juventude de outrora, é o que penso e merece ser dito e esfregado na cara dos betinhos que não têm mais nada em que pensar.

De resto, só de notar a maravilha que é a disciplina de voto nesta matéria, quando não a houve no começo desta história. Não faz sentido e é estúpido. Bem fez a Teresa Leal Coelho -  e outros - em não aparecer e a dar-lhes com os pés. Agora cá declarações de voto!

Continuo, porém, convicto que entre Belém e o Bairro Alto esta ideia estapafúrdia não irá avante.

4.1.14

É verdade que há um problema. Mas sê-lo-á o que ele diz?

O tio Nuno Melo, agora um candidato a expatriado em Estraburgo, vem dizer que o Tribunal Constitucional é um problema em Portugal. E eu fico, vá, engasgado.
É curioso os senhores deste governo tecerem tantas críticas ao Tribunal que, quer queiramos quer não, é o garante do respeito pela lei do país, impedindo o governo de atacar sem misericórdia todos aqueles que já vão tendo pouco. Sim, que não os vejo irem atrás de quem tem guito e que, em contraciclo, acumula milhões de lucros.

Mas voltemos à vaca fria.
É verdade que o Tribunal Constitucional também pode fazer interpretações políticas das questões que por lá passam, porque é constituído por juízes nomeados pelos partidos, mas então expliquem-me lá porquê que já houve votos a favor de certas deliberações contra as políticas do governo dos juízes alinhados com este espectro político? Serão uns doidivanas dissidentes?
Mais, fora o Constitucional o último entrave aos devaneios de uns senhores políticos, então porque procuraria até o Presidente a opinião dos magistrados? 

A verdade é que este país tem um problema. E também é verdade que o que calhou na rifa a este governo não foi pêra doce. Mas o problema não é o Tribunal Constitucional. O problema é muito mais vasto, desde a forma como as leis são feitas - se fossem transparentes como a àgua nem havia tanto trabalho na Rua d'O Século mas também se acabava a mama dos advogados-deputados - à forma como a política é feita neste país - aos retalhos e sem acordos abrangentes e duradouros - e, claro, à forma como a troika e "os mercados" sugam até quem está na penúria como nós, porque não podem esperar mais tempo e dar-nos mais uns aninhos para nos recompormos como deve ser e o governo não ter de exigir a todos - embora eu prefira dizer a alguns! - dinheiro aqui, já e agora.