Parece que, afinal o
papão das Finanças não pode vir atrás de nós se não pedirmos uma fatura. E nem
é preciso mandar ninguém ir “tomar no cú”, como disse o outro.
Dizem os entendidos
que só em situação de fiscalização coordenada é que poderão pedir uma
fatura ao inocente cliente que vai ali à esquina beber a sua bica. Por isso,
vá, fiquem descansados que não irão parar aos calabouços da Judiciária e
sentarem-se ao lado dos velhotes que roubam uma lata de atum e um papo-seco.
Sim, que duvido que encontrem lá os tubarões.
Seja como for, e
digo-o honestamente, não me espanta esta medida do governo. Já tem tomado
tantas tão disparatadas que o pessoal estrabucha quando sai uma nova ideia de
São Bento, mesmo que, no final de contas, não seja assim tão má. E seria ainda
melhor se vivessemos num país com poder de compra para pagar todos os impostos
que deve pagar. Sim, que muita gente prefere não pedir fatura se for arranjar
as velas do carro porque fica muito mais barato. E parece que os senhores
governantes não percebem isto. Eu, que nem sou economista, percebo que esta
espiral de impostos atrás de impostos só vai agravar a situação. Mas, pronto, a
mim ninguém me ouve.
E depois há outra:
porquê que o governo não comunica como deve ser? Com tanto disparate que já
saíu de lá, já podiam ter aprendido que o pessoal fica louco quando se dizem
certas coisas e se dá azo a interpretações. É o papel do governo esperar
reacções e comunicar as medidas com argumentos que visem conter essas reacções.
Se não sabem isto, contratem um novo gabinete de comunicação que o que lá está
não serve. Ou mandem o Portas falar com os portugueses. Assim como assim, ele
já se está a preparar para dar a cara pelos quatro mil milhões. E quem
conquista as feiras, conquista qalquer público.
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