9.2.13

Os invertidos, as libertinas, os infiéis e os infertéis: os grandes problemas lusos

Li por aí que uns senhores que não têm mais nada com que se preocupar do que com apliques de silício, que os problemas da contemporaneidade lusa se devem sobretudo ao casamento gay, à liberalização do aborto, à nova lei do divórcio e à reprodução artificial.

Pois eu discordo. E vejamos porquê:
O casamento gay não trouxe ao mundo um Relvas, por exemplo;
A liberalização do aborto não impediu que os sacripantas do BPN andassem por aí a mamar à grande e à francesa;
A nova lei do divórcio não virá impedir que os senhores da CP e do Metro façam as suas greves que, de tão comuns, já se tornaram ineficazes e só atingem o povão. Os ministros andam de viatura do Estado;
A reprodução artificial não vem substituir Deus. Aliás, se a reprodução artificial existe é porque os deuses o permitem. Senão era já um terramoto!

Resumindo e concluindo: fossem os nossos problemas estas quatro coisinhas e estariamos nós muito bem.

Preocupem-se é com o bem de todos, não com o que as pessoas fazem na sua vida pessoal! Até porque a noção de família mudou um nadinha desde a Idade Média...

Eu, se fosse um deus, eram os tais senhores já de orelhas de burro ao canto da sala de castigo a olharem para a parede.

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