Eu já tenho falado dessa corporação poderosa que é a dos professores e de como uma mínima mudança levanta logo o pó do comodisto e da adoração pelo establishment.
Mas desta vez a coisa é mesmo muito má. E o senhor ministro Crato tem que se demitir imediatamente. Porque perdeu toda a credibilidade e, mais importantemente, toda a seriedade que a que o seu posto o obriga.
Mas desta vez a coisa é mesmo muito má. E o senhor ministro Crato tem que se demitir imediatamente. Porque perdeu toda a credibilidade e, mais importantemente, toda a seriedade que a que o seu posto o obriga.
Uma coisa é implementar provas de aferição de conhecimento (ainda que num formato muito dúbio) ou haver pequenos atrasos no preenchimento de posições residuais, outra coisa é deixar os miúdos sem aulas ou virar do avesso as vidas de milhares de pessoas que, por acaso, leccionam e vir pedir desculpa por isso.
O que se tem passado tem sido das piores novelas de que me lembro e, se é bem verdade que todos os anos há alguns episódios estranhos, este ano a coisa bateu no fundo. E que há que perceber porquê. Que não me parece que fosse só porque alguém num gabinete esconso numa cave sem janelas não sabe fazer contas...
Eu até nem preconizo a caça à cabeça de um ministro assim que ocorrem erros - porque um ministro é a cabeça de uma grande engrenagem e que há perceber bem onde ficou o grãozinho que lixa tudo - mas quando a coisa assume proporções devastadoras e o ministro vem pedir desculpas ao Parlamento e 'tá-se bem - sem levar em conta aqueles que, afinal, ficam sem trabalho ou as criancinhas que ficam sem o professor que acabaram de conhecer - é empalá-lo às portas da cidade... Ou, vá, levá-lo a tribunal já!
O povo diz, e com muita razão, que as desculpas não se pedem, evitam-se.
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