Há certas coisas que eu não percebo. E não me refiro ao penteado do Cristiano. Refiro-me, isso sim, à birra de Seguro.
Só
numa terra de velhos do Restelo é que se pode pensar que uma vez
eleito, o lugar que se ocupa é indisputável. Se há descontentamento e
alguém decide disputá-lo há é que ir à luta. Mas antes das coisas
chegarem a esse ponto, aliás, tem que se fazer um bom e sustentado trabalho
para que não haja cobiça ao seu lugar. É unir e trabalhar em prol de
todos. É perceber o que se passa e resolver as situações. E não dizer
que uma vitoriazinha nas Europeias é uma vitória do caraças.
O
que está a acontecer no PS é, neste momento, vergonhoso. E as facções que se organizam são muito perigosas.
Eu
até concordo que a megalomania de Sócrates não fez bem a ninguém, mas
deitar isso cá para fora em jeito de ataque a alguém que quer o melhor
para o partido não é bonito. E, pior, é mau. Muito mau para o partido.
O
líder de um partido tem que ter ideias concretas, propostas, trabalho
feito e carisma. Nem sempre é fácil reunir isto tudo numa pessoa, mas
também não é qualquer um que deve ser líder de um partido. Acho
muito bem que Costa tivesse disputado a liderança de uma pessoa apagada
e que reage mais para dentro do seu partido do que para um governo que
come o seu próprio país.
É
triste que tenhamos que viver um verão inteiro na incerteza do futuro,
quando, na verdade, já se devia estar a trabalhar para o futuro de forma
coesa, fundamentada e sem ressabiamento.
Basicamente, há uma disputa com que se tem de lidar. Protelar a sua resolução é mau para todos.
Por isso, temos novela para continuar...
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